Dinheiro online: o que falta para chegarmos lá?
O papel moeda tem sido cada vez menos utilizado. Meios eletrônicos, criptomoedas, débito, crédito e, por que não, a própria Web, são caminhos para levar o dinheiro no formato físico que conhecemos – moedas e notas – para o futuro.
O conceito do papel moeda surgiu na China, durante a dinastia Song (970-1279) e foi levado para a Europa nos séculos seguintes.
Em 1991, com os primeiros passos do modelo que conhecemos hoje daWeb, com pessoas e empresas trocando informações, conhecimento e fazendo negócios, surgiram os primeiros comércios eletrônicos que se utilizavam da rede basicamente como um intermediário entre comprador e vendedor, o que é muito comum até hoje. Com o passar do tempo, esse modelo evoluiu e criou-se a necessidade de se enviar dinheiro pela própria Web.
Nos dias de hoje, em que ainda não há um padrão de pagamento pela web definido, cada empresa, cada instituição financeira e cada vendedor estabelece, da maneira que mais lhe convém, como devem ser realizadas as transações monetárias pela web. Entretanto, essa falta de padrões faz com que cada desenvolvedor que queira integrar seu software com outros do mesmo tipo tenha de criar ou utilizar bibliotecas diferentes para cada caso, aumentando a complexidade e dificuldades para a realização dessas integrações.
Ao se definirem padrões abertos e aceitos mundialmente para pagamentos via web, o desenvolvimento de soluções, bem como a integração dos serviços que envolvam a transferência de dinheiro pela web entre as empresas e instituições envolvidas, se tornará muito mais simples, já que todos “falarão a mesma língua”. Isso não só simplificará a criação de sites e aplicações, mas também permitirá que qualquer device já existente ou que seja lançado no futuro esteja pronto para realizar esse tipo de transação.
É para definir esses padrões que o W3C, por meio do seu Web Payments Community Group, pesquisa meios que vão permitir o uso de tecnologias de pagamento universal para a web.
Como meta, o grupo quer criar um sistema seguro, descentralizado e universal, com especificações abertas (sem royalties ou patentes) e tendo a Web como princial ferramenta e meio para que as transações monetárias sejam tão fáceis quanto mandar um SMS ou e-mail hoje.
No mundo corporativo, o PayPal se tornou referência no começo dos ano 2000 ao permitir a troca de valores pela internet, e estourou por conta da facilidade de uso integrado ao então site de leilões eBay.
Saiba mais sobre métodos de pagamento na Web em http://www.w3.org/community/webpayments/ e na Conferência Web.BR 2014.