Modelos de negócio na Web e criatividade: talento para lucrar

Modelos de negócios são o aspecto da Web mais discutido entre aqueles que querem usar a plataforma para gerar valor econômico. Existe uma grande discussão sobre como a Web trouxe modelos de negócios novos, mais ágeis e criativos do que os modelos de negócios tradicionais no meio digital, mas as definições ainda estão abertas, exatamente porque a Web vive em constante evolução.

Um modelo de negócios é o método que uma empresa utiliza pra obter meios de se sustentar, ou seja, gerar lucro. Um modelo de negócios deixa claro onde está a cadeia de valores da empresa e de onde ela tira dinheiro, em outras palavras. O objetivo é sempre que o lucro exceda o custo da operação e gere lucro para gerar crescimento e sustentabilidade do negócio, mas alguns modelos podem ser mais complexos do que outros.

O modelo de e-commerce, por exemplo, é simples: as empresas vendem produtos, obtém lucro e assim se sustentam no mercado. Já o modelo de broadcasting, caso da NETFLIX por exemplo, é bem mais complicado do que isso. Envolve uma cadeia longa de fornecedores, criadores de conteúdo, anunciantes e consumidores. Se você se perguntar quem ganha pela exibição do conteúdo e como ele é cobrado, a resposta pode ser mais complexa (e lucrativa) do que você imagina.

Alguns modelos de negócios estão emergindo em uma Web cada vez mais voltada para a distribuição de recursos. O modelo conhecido como “Brookerage“, palavra que ainda não tem tradução pra pt-br, é o modelo utilizado pelos Brokers: empresas que intermediam negócios trazendo vendedores e compradores pra uma mesma interface. É o caso do Mercado Livre, Airbnb, Elo7, respond.com, Priceline, Booking… entre tantos outros. Outro modelo de negócios bem característico da Web é uma extensão do modelo utilizado previamente pela mídia, o de advertising. Nesse modelo o provedor de conteúdo ou serviços (como e-mail por exemplo) também vende espaço para distribuir anúncios para outras empresas e assim viabiliza o seu negócio. Geralmente grandes provedores de conteúdo adotam esse modelo como carro-chefe, a exemplo de grandes portais ou blogs especializados em nichos de negócio.

Um dos modelos mais recentes é o de Infomediary. Esse modelo reconhece o alto valor que tem os dados sobre hábitos de consumo dos usuários de seus produtos. É assim que algumas empresas sobrevivem sem ter que vender espaço para anúncios e oferecendo aplicativos de graça, por exemplo. Afinal, dados são o ouro da nossa querida era tecnológica!

Existem variações do modelo de e-commerce. O tipo Merchant é aquele onde empresas que distribuem produtos em atacado ou varejo em locais físicos colocam também seus estoques à disposição em site próprio de vendas. É o caso da fnac.com.br ou Wallmart.com.br, por exemplo. Outra variação é quando o próprio fabricante também precisa alcançar novos mercados (ou consumidores individualizados) via Web. É o caso da Dell.com, que além de fabricante também vende máquinas para consumidores em seu site online.

Já os modelos de filiação e comunidade são parecidos: ambos tratam de cobrar por uso da plataforma, de diferentes modos e em diferentes preços, por algum tipo de interatividade que o site ou a comunidade ofereça. É o caso do Rdio.com, ou até do recente Photoshop online, da Adobe, onde o usuário “assina” o Photoshop online e usa via Web.

Estes modelos podem ser mixados entre si…. E mais estão por vir. O Web’s Got Talent 2013 escolheu 5 finalistas com modelos de negócios criativos.

O ganhador do prêmio, o Arte Fora do Museu, tem seu modelo de negócios baseado em distribuição de conteúdo livre. Em segundo lugar, a empresa que criou o Prodeaf ganhou com seu modelo de negócios baseado no fornecimento de acessibilidade para deficientes auditivos. Em terceira ficou a Loggi, uma plataforma para possibilitar negócios de logística. O quarto e o quinto lugar foram para a empresa U.sit, cujo valor do negócio é gerenciamento de tempo em filas de espera em restaurantes; e para o Codefreelas, que pretende intermediar a demanda por programadores e designers.

Este ano o Web’s Got Talent continua firme e forte. Este ano teremos uma novidade: os semi-finalistas citados também vão poder avaliar e julgar os semi-finalistas do prêmio. Convidamos as 5 empresas finalistas para ajudar a escolher os ganhadores do prêmio.

Além disso, o prêmio empreededorismo da Web no Brasil segue com jurados super especiais e extremamente experientes no cenário de negócios digitais no Brasil.Por enquanto, já podemos adiantar que teremos a honra de contar com duas experts brasileiras:

Amyris Fernandez

Amyris Fernandez

Amyris Fernandez: com presença na arena digital desde 1996, Amyris mantém fortes relações com o mercado de mídia. Também é membro do board da Associação de Design de Interação (IxDA), e é presidente do seu capítulo paulista. Amyris é também membro fundador do Interactive Advertising Bureau Brazil (IAB) e já foi Diretora de Pesquisa em Marketing no Buscapé. Com extensa experiência em estudos etnográficos, Amyris tem como principal atividade auxiliar as empresas, e cada unidade de negócio, a entender o cliente/consumidor como uma pessoa influenciada pela cultura.

Martha Gabriel

Martha Gabriel

Martha Gabriel: pós-graduada em Marketing (ESPM), pós-graduada em Design Gráfico (Belas Artes, SP), mestre e PhD em Artes (ECA/USP). CEO da Martha Gabriel Consulting & Education e ganhadora de 11 Prêmios iBest entre 1998 e 2005. Coordenadora e professora do MBA em Marketing da HSM Educação. Professora de cursos de MBA na BSP, INPG, FIA, UFPR, entre outras business schools. Palestrante internacional e autora de artigos em diversos congressos na área de tecnologia, marketing e arte nos USA, Europa e Ásia. Apontada entre os 50 nomes mais inovadores do mundo digital brasileiro pela Revista ProXXIma 2012, entre os Top 100 professores mais experts em tecnologia no mundo pela Online Universities e Top 50 Marketing Bloggers do mundo, pelo<http://topmarketingbloggers.kred.com/> Kred. Autora de cinco livros e agraciada com o patrocínio “Intelecto Digital” de 2010 a 2013 pela Locaweb.

Nos próximos dias vamos anunciar os outros jurados! Acompanhem a hashtag #webbr2014 pelo twitter e não deixem de concorrer à uma viagem com tudo pago para conhecer a sede do W3C no MIT!

Inscrevam suas empresas! E não esqueçam de ler o regulamento.