A diversidade de dispositivos, navegadores e até de usuários não para de crescer. Por isso, planejamento e execução são fundamentais no desenvolvimento Web. É aí que entra o Progressive Enhancement, um conjunto de técnicas que propõem conceitos de organização na criação de conteúdos online com o objetivo de simplificar o desenvolvimento e eliminar limitações que atinjam o usuário final.
“É uma técnica proposta pela primeira vez há cerca de dez anos. A ideia é desenvolver o site pensando em cenários mais limitados, mas de maneira contínua. O Progressive Enhancement sugere planejamento e execução bem funcionais com o objetivo de garantir acessibilidade para todos”, explica o desenvolvedor na TecSinapse e palestrante da Web.br 2015, Luiz Corte Real.
O conceito por trás do Progressive Enhancement é o de começar o design das funcionalidades Web normalmente e ir acrescentando pequenas melhorias aos poucos, progressivamente, para todos os navegadores. O resultado esperado é um site pronto para todos tipos de aplicação, sem prejudicar navegadores mais antigos.
A utilização das técnicas pode permitir, por exemplo, o acesso mais amplo de usuários com conexão limitada. Neste caso, o Progressive Enhancement sugere a formação inicial de páginas mais leves e funcionais com uso de recursos mínimos em HTML. Aplicações CSS e JS seriam carregadas em uma etapa seguinte.
”Progressive Enhancement é uma prática que não é simples de começar a fazer; requer mudança da forma de pensar. Porém, é uma boa solução para o produto e para o código. O produto sai mais bem feito, mais robusto, e o código também. Então vale a pena estudar e praticar”, opina Luiz Real.
Debate em torno do PE
Apesar de ser criado para facilitar a vida dos desenvolvedores, o PE ainda causa certa polêmica por dois motivos. O primeiro é a possibilidade de ele não entregar tanto valor no cenário ideal para a maioria das aplicações e sites. O segundo é fazer com que seu conteúdo seja compatível com os principais dispositivos do mercado.
“Vamos falar sobre esses dois pontos na minha apresentação e enfatizar os motivos pelos quais o Progressive Enhancement é uma boa resposta para o desafio de fazer um conteúdo acessível”, conclui o palestrante.