setembro 11, 2017
Com certeza você já deve ter ouvido falar da Internet das Coisas (IoT), que é a conexão de qualquer coisa com a internet, seja ela um carro, uma geladeira, câmera de segurança ou afins. Além desses objetos estarem conectados à rede, eles se caracterizam por terem interfaces de comunicação, alguma capacidade de computação, talvez alguns sensores e outros acessórios, para construir informações que devem ser enviadas pela rede.
No entanto, um problema com a internet das coisas é que esses dispositivos continuam fragmentados e sem conversar entre si; a única coisa em comum entre eles é que estão conectados à internet. Para entender a situação, dá para fazer um paralelo com o surgimento da própria internet: antes dela, haviam muitas tecnologias de rede que também não conversavam entre si. Por uma série de padrões e protocolos, como TCP/IP, a internet englobou outros tipos de rede, incluindo a Web, o e-mail, redes P2P, entre outros.
Nós precisamos de algo que facilite alguma integração e a ação humana com a internet das coisas — é aí que entra a Web das Coisas ou a Internet das Coisas na Web (IoTw). Por meio da IoTw, cria-se uma camada de abstração por cima da internet das coisas, permitindo que parte desses equipamentos conversem entre si, mesmo que o funcionamento interno de cada um seja diferente. Dá-se o nome Web porque tem como usar vários protocolos já existentes na web para facilitar o gerenciamento e a conversa entre os equipamentos.
Por exemplo, seria como precisar incrementar um assistente de voz como Google Home e Amazon Echo, ou adicionar mais comandos em um novo dispositivo. Não precisa começar do zero ou arranjar um jeito deles funcionarem com o seu celular porque já existe uma plataforma ou SDK que faz a ponte e permite que você trabalhe em cima. A do Google Assistant, por exemplo, deixa você integrá-la em qualquer dispositivo novo e crie novas interfaces de comando.
Trazendo esse exemplo para a Web das coisas, vemos diferentes equipamentos de casas inteligentes que podem ser controlados pelo celular. De coisas inteligentes, temos: lâmpadas, fechaduras, câmeras, termostatos, só para citar alguns. Como os equipamentos são de várias empresas diferentes, seria muito difícil você criar um hub para gerenciar tudo isso de um lugar só, a partir da Web e do seu celular, por exemplo. É mais ou menos o que o app Home da Apple faz, integrando uma série de SDKs (Software Development Kit) diferentes em um aplicativo só, permitindo controle unificado e até remoto.
Para uso pessoal os benefícios podem não ser tão claros, mas imagine para uma empresa como hotel ou restaurante controlar o ambiente a partir de um lugar só e com tudo integrado? Em um hotel, cada hóspede também pode ter a sua configuração. Uma companhia aérea pode usar uma solução mais sofisticada para gerenciar em tempo real os assentos de um avião e embutir as preferências do viajante, por exemplo.
Além da praticidade, existem uma série de benefícios da internet das coisas na Web, como a redução de custos e a expansão (maior ainda) dessas novas tecnologias. A Web funciona como um adaptador para integrar os objetos inteligentes a uma maior interação humana. A tendência é que mais e mais coisas sejam caracterizadas, descritas e integradas em frameworks específicos, facilitando o desenvolvimento. Pronto para essa evolução?
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