agosto 29, 2017
Se você compra um sofá, mas ergonomicamente ele não atende às suas necessidades (não é confortável, as almofadas são pequenas ou grandes demais e assim por diante), é bem provável que você acabará se adaptando ao produto ao invés de trocá-lo. Os trâmites e burocracias dificultam esse processo; então você possivelmente usará esse sofá por anos até comprar um novo.
No mundo digital, se um app ou site não é funcional, o usuário simplesmente deleta o aplicativo/fecha o site e procura por outros. Isso tudo acontece em menos de um minuto, com o celular na mão, sem ao menos sair do sofá. Mais do que nunca, a relação do usuário com um aplicativo, site ou interface é crucial. Por isso se fala tanto em UX, isto é, experiência do usuário. O conceito, é definido como “as percepções e reações de uma pessoa que resultam da utilização prevista de um produto, sistema ou serviço”, ou seja, não basta funcionar, a experiência deve ser muito boa, o usuário precisa achar de maneira simples, fácil, intuitiva e ser conquistado durante todo o processo de uso.
Fonte: https://careerfoundry.com
O trabalho de um UX Designer tem como principal desafio compreender os anseios do usuário para desenvolver formas de interação que alcancem o máximo de satisfação. Vários fatores são responsáveis pela percepção final do usuário, mas o mais comum é a interface. Por este motivo, é muito comum confundir UI Design (design de interface do usuário) com UX Design. A interface é o que pode ser compreendido pelo usuário, é a lógica visual de um sistema. Já UX abrange todos os pontos de contatos de um usuário com o produto/sistema. Começa com a descoberta das “dores do usuário” (o que não o agrada ou o que o faz desistir de usar um produto/sistema), passa pela construção da hipótese de solução, finalizando com a implementação das funcionalidades e mudanças de interface que irão proporcionar uma melhor experiência de uso.
É fato que a experiência do usuário pode ser muito subjetiva. Por isso, o UX trabalha com base em pesquisas e testes constantes para atingir positivamente o maior número de pessoas possíveis. São as respostas do usuário que decidem qual solução é eficaz e qual não é. O designer de UX estuda processos cognitivos, precisa entender de arquitetura de informação, taxonomia, lógica de programação e faz milhares de testes de usabilidade para que as pessoas cliquem no lugar certo sem notarem a interface. E, claro, precisa entender muito bem o produto e o público para o qual trabalha.
Um bom projeto de UX deve ser funcional, ter boa performance e deve soar natural para quem está usando/navegando no produto, independente de quem o acessa. Mais que isso, UX deve ir além do design e deve estar presente em todo o processo de desenvolvimento de um produto. Uma página que demora para carregar, é um problema de UX que desenvolvedores solucionam, por exemplo. Outro bom exemplo são os sites de conteúdo, cuja usabilidade deve agradar tanto aos leitores quanto os anunciantes da página.
Durante a Conferência Web.Br 2017 teremos duas palestras sobre UX, com Carla de Bona, professora da Caelum e da Fiap, e Bianca Brancaleone, consultora de UX da GS Solutions e co-fundadora do e-commerce nerd Eu Compraria.
A Web.br deste ano tem como tema “Imersão e Transcendência”. Outros assuntos como Algoritmos, Publicações Digitais, IoT, Inteligência Artificial também serão debatidos durante o evento. Confira: http://conferenciaweb.w3c.br.
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