outubro 18, 2017
Nós já falamos sobre realidade virtual aqui no blog. Essa tecnologia vai muito além dos games, pode ser útil para educação e até mesmo para estimular empatia e outras emoções humanas. O mundo da VR é bem amplo e está sendo explorado em diversos contextos, mas e a reprodução, como fica? Será que somente dispositivos específicos podem ter acesso ao conteúdo em realidade virtual?
Não necessariamente. Esse é o propósito do WebVR, uma especificação feita com JavaScript e WebGL para acessar experiências imersivas e de realidade virtual direto do navegador. Várias empresas estão contribuindo com o desenvolvimento, como a Mozilla, Google e a Microsoft, refinando a tecnologia e pensando como incluir VR em seus principais navegadores.
Graças ao desenvolvimento de tecnologias Web existentes, a especificação WebVR consegue manter a maioria dos recursos que fazem da Web uma ótima plataforma para distribuir conteúdo. Por exemplo, é fácil acessar experiências de realidade virtual com endereços URL e para criar e distribuir conteúdo não é preciso pedir aprovação em lojas de aplicativos.
Qualquer desenvolvedor pode criar a sua própria experiência, colocá-la em um site e se aproveitar dessas tecnologias Web. Vai muito além de um simples vídeo: é possível, por exemplo, navegar com links dentro do mundo de realidade virtual. Você pode abrir novos jogos a literalmente um clique de distância.
A WebVR já tem diversos componentes à disposição, como formas geométricas, materiais, luzes, animações, modelos, sombras, som em 3D e é compatível com controles dos headsets HTC Vive, Oculus Rift Touch e Google Cardboard. Além disso, a especificação ainda funciona com Daydream e GearVR. Também há como acessá-la no desktop e em smartphones, porém com experiência limitada.
Para meio de headsets com controle, o WebVR tem a Gamepad API, que foca nos controles específicos de cada gadget. Assim, é possível integrar na experiência de realidade virtual as funções do controle, como o que cada botão faz e se há alguma movimentação espacial por parte do usuário.
É interessante ver projetos como este combinando tecnologias avançadas com a Web, o que torna-as mais acessíveis. Ainda mais quando o tema principal da conferência Web.br neste ano é imersão e transcendência, que proporciona interatividade e navegação além da tela.
Apesar de estar em testes, a previsão é que o WebVR esteja ao alcance do público amplo ainda este ano. Veja mais informações técnicas no site de desenvolvedores da Mozilla. Você também pode conhecer vários exemplos de WebVR neste repositório do GitHub.
Se você se interessa no assunto, teremos um workshop com Diogo Cortiz do Ceweb.br sobre vídeo em 360º – é no primeiro dia da conferência, dia 24 de outubro.
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