As diretrizes WCAG e WAI-ARIA por uma Web mais acessível

Será que os conteúdos Web realmente estão acessíveis para todos? Esta é a pergunta que as especificações WCAG e WAI-ARIA podem responder. Tema do workshop de Talita Pagani na Web.br 2015, as diretrizes foram criadas para auxiliar os desenvolvedores a tornarem os conteúdos Web acessíveis para pessoas com deficiência, tornando melhor a experiência digital para estas pessoas.

“Acessibilidade Web é um tema recorrente em eventos do W3C ao redor do mundo. Mas os desenvolvedores ainda têm lacunas de conhecimento sobre como desenvolver sites e aplicações acessíveis”, destacou Talita.

A palestrante ressaltou que a intenção é promover um workshop interativo em que os participantes relatem suas considerações e dúvidas sobre o tema. Haverá, claro, um conteúdo programático onde pretendo abordar como pessoas com deficiência visual, auditiva, motora, cognitiva/neuronal, além de pessoas idosas ou crianças, utilizam a Web – contextualizando as potenciais barreiras para estes grupos”, completou.

Compreensão das necessidades
Assim como citou Talita, o maior problema da produção de conteúdo acessível para deficientes é a falta de conhecimento. Muitas vezes, os desenvolvedores não sabem como uma pessoa com deficiência visual, por exemplo, se comporta em frente ao computador. Por isso, antes de chegar à produção técnica em si, é importante saber as necessidades de cada pessoa. Ou seja, compreender qual o real problema que essa execução irá resolver.

“Uma pessoa com alguma deficiência cognitiva, dislexia ou autismo pode encontrar uma série de barreiras na hora de utilizar a Web A combinação de cores, por exemplo, pode prejudicar o uso do site. Alguns elementos, como animações muito rápidas, podem ser ruins. O conjunto de diretrizes WCAG e WAI-ARIA tentam acabar justamente com essas barreiras”, comentou.

“Tanto a re-descentralização da Web quanto a acessibilidade são pautas de políticas públicas e contam com o apoio dos desenvolvedores como fortalecedores dos conceitos e práticas que envolvem ambos os temas. Ressalto que as diretrizes de acessibilidade Web recomendadas pelo W3C também são soluções abertas”, concluiu Talita.