Escolher uma palestra em meio a tantas boas opções na Web.br 2015 não é uma tarefa fácil. O segundo dia da conferência começou com mais de dez de apresentações no palco 360°, além da realização dos workshops na sala Medusa. Os temas variaram desde a necessidade da re-descentralização na Web até a importância da Segurança e Privacidade para todos.
Uma das palestras mais disputadas da manhã desta quarta-feira foi a da desenvolvedora front-end e back-end Talita Pagani, que ensinou “Como fazer as pazes com o CSS”. Ela admitiu que a linguagem muitas vezes não é bem vista pelos profissionais, mas reforçou que é uma ótima opção se usada corretamente. A palestrante passou uma série de dicas para o melhor uso do CSS como: fazer o markup inicial com toda a estrutura, sempre definir o que é reutilizável, nomear classes e IDs, e muito mais.
Outro destaque desta quarta foi a apresentação de Felipe Sanches, que abordou o Projeto MAME e a preservação histórica de dispositivos eletrônicos na Web. O MAME (Multiple Arcade Machine Emulator) é uma iniciativa que luta pela conservação de sistemas e equipamentos que rodem algum tipo de software, como jogos e outros aplicativos.
“Você não põe fogo em livros só porque discorda deles. O mesmo serve para artefatos culturais eletrônicos. Com o MAME estamos a um clique de saber como era o ponto de vista de um artefato ou jogos antigos”, destacou o especialista.
Com o crescimento da internet das coisas, o REST se tornou uma ótima solução para construir aplicações mais sólidas. O tema foi abordado nesta manhã por Leonardo Ruoso, Arquiteto de Soluções na Tata Consultancy Services. O especialista destacou a mudança do perfil da equipe de Front End para trabalhar com o REST. “Os profissionais devem ter um trabalho mais sofisticado para interpretar metadados e hiperdados”. Durante o workshop, ele demonstrou os passos necessários para desenvolver aplicações com base na tecnologia.
A Lei de Acesso à Informação determina que as instituições públicas disponibilizem os dados na internet. Mas que tipo de dado pode ser disponibilizado? Quais os cuidados para abrir informações, por exemplo, de alguém que está sendo tratado no sistema de saúde? Este foi o tema da discussão sobre Boas Práticas com a participação de Bernadette Farias Lóscio, Ig Ibert Bittencourt, Giancarlo Guizzardi e Wagner Meira Jr.
“Todos nossos dados são públicos hoje. Nossa operadora de celular sabe onde estamos o dia todo, por exemplo. Os dados existentes devem ser acessíveis para que cada indivíduo faça o uso que achar mais adequado. Além disto, as informações precisam ficar disponíveis para novas utilizações”, destacou Meira Jr.
Além das palestras e workshops, o dia também contou com a apresentação das Lightning Talks. Renan Carvalho, Caio Lucena, Rodrigo Layola e Antônio Castanheira se dividiram e demonstraram seus temas vencedores com espaço exclusivo na conferência.
Confira como foram as apresentações do primeiro dia da Web.br 2015.