Embora a Web e o ambiente móvel sigam causando transformações na forma como as pessoas vivem, se comunicam e realizam transações financeiras e comerciais, não existe ainda uma forma aberta, simples e comum a todos de se realizar pagamentos pelo browser. Os esforços no sentido de buscar esse meio universal será um dos temas da Web.br 2015.
O fato é que realizar um simples pagamento ainda envolve inserir dados de cartões de crédito ou recorrer a soluções sem qualquer interoperabilidade. Criar um padrão universal, no entanto, não é tarefa das mais fáceis. Além das soluções legadas, da grande variedade de métodos online de pagamentos e da complexidade em lidar com diversas moedas, deve-se pensar ainda em segurança e confiabilidade.
Apesar do desafio envolvido, um novo modelo, livre e aberto, pode beneficiar tanto consumidores quanto as partes que realizam as cobranças: com um sistema mais simples e transparente para o consumidor, caem barreiras para compras online provocadas pelas diferentes soluções atuais. Essa pode ser um das causas por trás de um dos grandes problemas do comércio eletrônico: estudos indicam que a taxa de abandono de carrinho de compras é de cerca de 68%.
Para atender a esses desafios, o W3C lançou, no ano passado, uma iniciativa para criar um padrão livre para pagamentos móveis. Os trabalhos já estão evoluindo no sentido de mapear uma série de cenários de pagamento pela web e de elaborar critérios para projetar esse novo padrão. Os avanços podem ser conferidos no site do Interest Group de Web Payments, do W3C.
A visão do W3C é que a solução permita que o cliente escolha entre os diversos meios de pagamento em seus dispositivos, que as empresas possam disponibilizar uma gama maior de meios de pagamento com mais facilidade e que desenvolvedores possam monetizar suas aplicações mais facilmente. Outros objetivos são facilitar a entrada de novos players do mercado de pagamentos, reduzir a possibilidade de fraudes e criar modelos que beneficiem os negócios de quem vende online.
