“Qual é a Web que você quer?”. Essa foi a pergunta que embasou grande parte das discussões da Conferência Web.br 2019. “Queremos uma Web ética e inclusiva. Não podemos parar. Estamos em desenvolvimento”, destacou Hartmut Glaser (CGI.br), complementando a fala Vagner Diniz (Ceweb.br) afirmou “Com esta edição da Conferência, buscamos mostrar que a Web não se relaciona apenas com a parte técnica. É fundamental desenvolver uma Web melhor nos dias de hoje, em que o que acontece no mundo digital repercute no mundo off-line. Somos todos responsáveis pelo o que acontece na Web, pois estamos dentro da rede”.
O primeiro painel do evento teve a participação de Iberê Thenório (Manual do Mundo), Lola Aronovich (UFC) e Léo Viturinno (UFRB e Youtuber). Léo explicou que começou seu canal na plataforma de vídeos sempre pensando na acessibilidade. Lola comentou sobre sua trajetória como ativista feminista e como o discurso de ódio é propagado na Web e de que forma pode ser combatido. De forma complementar Iberê comentou que, após o canal alcançar um grande número de inscritos, ele passou a enfrentar um grande desafio ligado ao discurso de ódio e desinformação.
Métricas usadas em tomadas de decisão foram comentadas por Eduardo Guerra (INPE), que esclareceu que muitos profissionais não utilizam as métricas que coletam quando de fato precisam tomar decisões, baseando-se apenas no que consideram ser correto. Letícia Machado (UFPA), que participou do mesmo painel, contribuiu para a discussão abordando diferentes tipos de crowdsourcing. Em painel com Natalia Neris (InternetLab) e Thiago Rondon (AppCívico) discutiram sobre o futuro da democracia na Web. Já o impacto da tecnologia na vida dos jovens da periferia foi discutido por William Oliveira (PerifaCode e Tecnogueto), Juliana Pereira (Instituto da Oportunidade Social) e Guilherme Gonçalo (Instituto da Oportunidade Social), que apresentaram estudos de casos.
Durante o evento, Jonice Oliveira (UFRJ) participou do painel “Design, Ética e IA”. Ela comentou sobre a dificuldade que as máquinas possuem para identificar e diferenciar padrões, e que as pessoas precisam inserir dados de qualidade no sistema para que os resultados da Inteligência Artificial sejam satisfatórios. Na mesma atividade, Diogo Cortiz (Ceweb.br) complementou que "IA não é um ser supremo, mas um conjunto de técnicas que resolve problemas específicos. Ela não sabe qual problema resolver e precisa dos desenvolvedores e designers para isso".
Na Conferência, Andrzej Mazur (Enclave Games) comentou sobre sua experiência com desenvolvimento de jogos em HTML5 e as tendências para a Web a partir das perspectivas de criadores independentes e grandes estúdios. No encerramento das apresentações dos keynotes speakers, Vagner Diniz salientou:
"Tivemos ótimos momentos ao falar da Web, sobre preservá-la em seus princípios originais. Foram momentos que nos fizeram refletir que também somos responsáveis pela Web que temos e queremos, e que podemos correr atrás disso".
A programação da 11ª edição da Conferência Web.br contou também com a realização de diversos workshops. O debate sobre “Re-descentralização da Web” trouxe ao público a importância de unir esforços para manter a essência da Web, criada por Tim Berners-Lee como uma plataforma de todos e para todos. O painel teve a participação de Débora Duarte (especialista digital), Newton Calegari (Ether_City) e Bernadette Lóscio (UFPE), com mediação de Caroline Burle (Ceweb.br).
Em workshop sobre Design Thinking e Inteligência Artificial, Natalí Garcia (Accenture Interactive) discutiu como a IA pode ser usada para solucionar desafios do dia a dia, utilizando o método de design centrado nas pessoas.Ao final da atividade, Natalí propôs um desafio em que os presentes deveriam solucionar problemas utilizando IA ou sem o uso dessa tecnologia. Outro tema de destaque na Web.br 2019, o futuro da acessibilidade digital foi debatido por Bruna Salton (IFRS), Ronaldo Tenório (Hand Talk) e Simone Freire (Movimento Web para Todos) em workshop mediado por Reinaldo Ferraz (Ceweb.br). Durante o painel, Bruna apresentou iniciativas do Instituto Federal do Rio Grande do Sul voltadas para acessibilidade. Tenório comentou sobre o desenvolvimento do aplicativo Hand Talk, que faz a tradução do português para libras e que foi adotado por mais de 300 sítios.
O evento também contou com workshops práticos sobre PWA com o Carlos Rafael Neves (ESPM), desenvolvimento de chatbots usando Python e processamento de linguagem natural com o Jefferson Oliveira, sobre o gerenciamento de estado com React com a Juliana Negreiros (Alura) e sobre desenvolvimento web seguro na prática com o Daniel Carlier (Globo.com) e a Silvia Pimpão (Globo.com). Em parceria com o Instituto Tecnologia e Equidade (ITE) o Ceweb.br realizou na área de convivência um hackathon para prototipar soluções web contra o linchamento virtual, propondo o debate e a construção de soluções com o uso da tecnologia frente a desinformação. O hackathon contou com a presença dos jornalistas Petria Chaves (CBN), Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo) e Diego Escosteguy (Vortex Media) e o Prof. Rodrigo Esteves de Lima-Lopes, (UNICAMP e líder do grupo de pesquisas MiDiTeS - Mídia, Discurso, Tecnologia e Sociedade).
As apresentações dos workshops e keynotes foram gravadas e estão disponíveis nesta página. Confira como foi legal a Conferência #Webbr2019. A equipe Ceweb.br agradece a sua participação na Conferência deste ano!
A equipe Ceweb.br agradece a sua participação na Conferência deste ano!
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