6 de julho de 2018
Até 2016, a média de investimentos em startups de Inteligência Artificial (IA) no mundo era de US$ 2,5 bilhões ao ano. Em 2017, essa cifra cresceu, alcançando US$ 22 bilhões. Os dados divulgados recentemente pela consultoria A.T. Kearney indicam que as empresas estão correndo para garantir sua fatia de participação no mercado de IA.
Motivos para isso não faltam. Mark Essle, sócio especialista em inteligência artificial da consultoria no Brasil, lembra que há alguns anos começamos a ver inovações extraordinárias, que prometem promover mudanças significativas na à forma como trabalhamos, nos organizamos, nos comunicamos, nos locomovemos e tratamos a nossa saúde. “E o melhor: elas começam a acontecer em ritmo acelerado, como nunca antes”, afirma.
O especialista destaca que com a produção de smartphones aos bilhões, o mercado vê despencar o preço dos chips – e esta é a mesma tecnologia que pode ser explorada em robótica, com reconhecimento de voz e câmeras de interpretação de imagens, por exemplo. Isso, somado ao aumento expressivo da capacidade de processamento e de poder computacional – proporcionado pela expansão da computação em nuvem –, à maior disponibilidade de talentos e à melhor aceitação da tecnologia em si, compõe a fórmula perfeita para vermos, em um futuro não tão distante, a presença da IA em nosso cotidiano.
“É claro que haverá uma curva de hiperentusiasmo, mas seguramente a velocidade de adoção das novas tecnologias será muito mais acelerada – e impactante – do que vimos acontecer no início dos anos 2000, com o advento da Internet”, assegura.
Basta imaginar que o celular levou quase duas décadas para chegar ao status de smartphone e ter embutidas tecnologias de GPS, câmera fotográfica de alta resolução, reconhecimento facial, biometria e sensor de direção. Outro exemplo: uma máquina equipada com recursos de IA para realizar exames de diagnósticos (como o da Malária) pode ser replicada em questão de minutos, enquanto um profissional leva quase 20 anos par adquirir todo o conhecimento necessário para realizar o mesmo diagnóstico.
Potencializando a Web
A Web será a plataforma que garantirá que o acesso aos aplicativos de IA se torne cada vez mais popular na forma de serviços, independentemente do dispositivo, seja ele um smartphone ou desktop. Newton Calegari, especialista do Ceweb.br (Centro de Estudos sobre Tecnologias Web) do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) lembra que hoje muitos destes serviços podem ser consumidos diretamente da nuvem, via API (Application Programming Interface).
“Um exemplo é uma API para reconhecimento de imagem. Até pouco tempo atrás, quem precisasse de um aplicativo de reconhecimento teria que desenvolvê-lo e implementá-lo em seus servidores, para então utilizá-lo. Hoje, há diversos serviços que permitem fazer isso como as APIs do Google Cloud, Microsoft Azure ou IBM Bluemix, entre outros”, explica. Ele ressalta que esses serviços estão disponíveis para serem consumidos por quem desenvolve aplicações web. Com isso, técnicas de IA podem ser utilizadas com relativa facilidade para tornar as aplicações mais ricas.
“Serviços como os que citei nos permitirão desenvolver aplicações web com recursos de IA para trazer melhores produtos e experiência para os usuários.”, reforça.
Esses exemplos nos dão a dimensão da velocidade com que veremos a IA avançar nos nossos dias. Outras aplicações web na era da computação cognitiva serão discutidas durante a Conferência Web.br 2018. Inscreva-se, participe dos workshops e dos debates sobre o tema.
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