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Computação Cognitiva e o futuro

2 de julho de 2018

Uma das áreas da Inteligência Artificial, a computação cognitiva utiliza técnicas de machine learning (aprendizado de máquina), possibilitando que máquinas interpretem dados, em geral em grande volume, incluindo os não estruturados. A partir desta interpretação, extrai significados para quem precisa deles. O conceito corresponde à “capacidade dada às máquinas de simular alguns processos cognitivos realizados por nosso cérebro, bem como alguns dos sentidos humanos”, explicam Diogo Cortiz e Newton Calegari, pesquisadores do Ceweb.br (Centro de Estudos sobre Tecnologias Web) do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR).

Este é o tema da Conferência Web.br 2018 que tem como objetivo apontar tendências e discutir qual é o impacto de sistemas cognitivos, inteligência artificial e machine learning na vida das pessoas. “Abordaremos o papel da Web como ponte de entrada e passagem para esta realidade em que o conhecimento é produzido e gerado por máquinas”, complementa Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br.

Computação tradicional x computação cognitiva
Quando se fala em computação cognitiva, é importante ressaltar a capacidade de analisar dados não estruturados. O que se vê na computação tradicional é a análise dos chamados dados estruturados, que seguem uma organização e formato conhecidos – e por isso são mais fáceis de serem compreendidos. “Quando se fala em dados não estruturados, essa análise se torna mais complexa, pois é preciso trabalhar um conjunto de incertezas, ambiguidades e técnicas mais próximas do que o cérebro humano faz”, explica Vagner.

Podemos citar o exemplo do  , nesta série de imagens que pede para as pessoas identificarem quais são cães dessa raça e quais são bolinhos. Como uma máquina consegue saber qual imagem está relacionada a um ou a outro? Ao ser alimentado com milhões de fotos de cachorros e de bolinhos ou cookies, o computador vai aprender que há milhares de formas de se apresentar cada um deles e, com o tempo, vai reconhecer todas as imagens. Com mais exatidão que o ser humano, inclusive.

Não por acaso, já convivemos hoje com diversos exemplos de computação cognitiva em nosso dia-a-dia. A Web vive a era da computação cognitiva. Qualquer busca feita no Google hoje, por exemplo, é fruto desta tecnologia. Quando um usuário busca por alguma informação, ela é fornecida com base em um contexto. Esse contexto pode ser a sua localização, a forma como a pergunta foi feita etc. Esses resultados são filtrados com base no conhecimento que ele acumulou sobre a experiência do usuário e sobre o objeto de sua pesquisa.

O mesmo ocorre quando se pede uma tradução no tradutor do Google, por exemplo. Ela também é fruto do conhecimento adquirido para traduzir aquela frase dentro do conceito colocado. Quando o usuário está em uma rede social, não é raro ela sugerir uma identificação para a pessoa que está na foto que está sendo publicada. Essa identificação é feita por meio da computação cognitiva, que identifica os traços daquela pessoa, cruza com outras informações e sugere, com base neste conhecimento, a identificação dela.

Outras aplicações
Mas não é só isso. A computação cognitiva tem avançado, por exemplo, para a área de cálculo de risco em seguros e empréstimos em bancos. Todo o acúmulo de conhecimento feito sobre as atividades de uma pessoa na Internet ou em outras aplicações é utilizado para se aprender mais sobre este usuário, raciocinar e buscar um significado para a tomada de decisão.

Ainda no artigo para a revista iMasters, os pesquisadores Cortiz e Calegari explicam que “as aplicações de computação cognitiva podem não ter atingido o mesmo grau de sofisticação e penetração que as aplicações de Inteligência Artificial, baseadas em grandes quantidades de dados. Contudo, iniciativas como o Human Brain Project, co-financiado pela União Europeia, com a proposta de avançar com pesquisas de computação, neurociência e medicina com foco em computação cognitiva farão com que a área floresça ainda mais nos próximos anos”.

Cuidados necessários
Mas alguns cuidados precisam ser tomados. “É preciso garantir que os usuários tenham o controle sobre o que pode ou não ser feito com seus dados, afastando o risco de que as máquinas tenham domínio sobre estas informações. Este é um dos grandes desafios de hoje,”, alerta Diniz.

É certo que tudo isso vai extrapolar os limites das telas de computadores e dos celulares. A computação será cada vez mais ubíqua e onipresente em nosso dia-a-dia, a ponto de nem percebermos que ela está presente e atuando.

A Web.br 2018 reunirá especialistas sobre a Web na era da computação cognitiva, do Brasil e exterior. Acompanhe a página do evento no Facebook. Vamos contar ali, em primeira mão, quem são os palestrantes confirmados e os temas em alta durante o evento.

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